Objectivo cumprido

Objectivo cumprido

Foi no passado Sábado que o Gafanha assegurou a passagem à Série dos Primeiros do CD Juvenis. Foi sofrido, bem sofridinho. Mas cumpriu-se o objectivo. Em jeito de balanço desta primeira metade da época, podem dividir-se estes últimos 6 meses da seguinte forma, em três fases completamente distintas:


+ Agosto, Setembro e Outubro. Iniciaram-se os treinos de captação em Julho, mas foi só em Agosto que se começou a fazer qualquer coisa mais a sério. O primeiro problema foi o reduzido plantel de que os Juvenis dispunham, mas problema esse que foi ultrapassado com a inclusão de três ou quatro elementos que se revelariam bastante importantes. Os treinos correram bem e revelaram uma aceitável progressão na Equipa. Os jogos de preparação, esses, corriam quase sempre bem - "anormalmente" bem até, para a fase da época - e isso acabou por revelar-se prejudicial quando a equipa entrou em competição. Os treinos realizados com a Casa do Benfica em Viseu (AF Viseu) e com o Centro Social de São João (AF Coimbra) deixavam muito boas indicações para o futuro. Mas...

+ Segunda quinzena de Outubro e primeira de Novembro. Mas... a entrada em competição não foi a melhor. Ainda aproveitámos a boa fase da pré-época para vencer sem margem para dúvidas o Clube Albergaria. No entanto, talvez por até então nos ter corrido tão bem, a primeira contrariedade acabou por fazer-se sentir. E de que maneira! Em casa, à segunda jornada, todos menosprezaram a valia da ADC São Jacinto e o resultado foi uma derrota traumática. Traumática porque não se perdeu só aquele jogo. Perdeu-se a confiança, perdeu-se o atrevimento. A Equipa ficou presa, ficou bloqueada. E isso reflectiu-se no jogo seguinte, que trouxe nova derrota, desta vez em Aveiro com o Beira-Mar. Foi o jogo que me custou mais a perder. Aquela equipa, aquele conjunto de jogadores descrentes, não era a minha Equipa! Contas feitas, logo à terceira jornada já estávamos em muito maus lençóis. Faltavam disputar 11 jornadas e, partindo do princípio que seria muito complicado roubar pontos a Covão do Lobo e Barrô, haviam então 7 jogos para amealhar os 18 ou 19 pontos que deveriam chegar para o apuramento. Contas difíceis, portanto.

+ Ponto de viragem: Barrô, 20h30 do dia 14/Nov. Foi em Barrô que o Gafanha se reergueu como Equipa e iniciou a terceira fase deste processo de maturação. Frente a um campeão distrital em título que tinha vencido todos os jogos até então, o grupo mostrou-se mais unido do que nunca e arrancou um ponto muito importante diante de um 5 muito forte. Foi o ponto de viragem. A derrota em Covão ainda abalou um pouco a confiança, mas os três jogos que se seguiram eram para ser ganhos e faziam a ponte com a recta final do campeonato. Foram três vitórias preciosas! Duas delas quase nos "descontos" e uma outra num ambiente extremamente adverso como o de São Jacinto (e logo num jogo decisivo para as nossas cores). Estava aberto caminho para a Série dos Primeiros e o Gafanha voltava a depender só de si. Ainda tivemos mais medo de perder do que vontade de ganhar diante do Beira-Mar, mas sabíamos que entrávamos para as últimas três rondas a precisar de ganhar apenas um jogo para passar. Tínhamos três "match-points". Arriscámos em demasia contra o Barrô, perdemos; fizemos o jogo mais consistente da época contra os Lobitos, mas não fomos felizes e perdemos; adiámos tudo para Oliveira do Bairro, mas não vacilámos. Objectivo cumprido.


Dito isto, agora começa uma nova fase. Uma fase que queremos que seja mais parecida com a que vivemos actualmente. Uma fase em que o nível de exigência da competição será maior e, por conseguinte, o meu nível de exigência para com os jogadores será também bastante maior.

Resta-me desejar que tudo corra pelo melhor nos meses de trabalho que faltam. E, acima de tudo, resta-me agradecer-vos por tudo o que fizemos juntos até agora. E agradecer-vos a vocês todos: Vidreiro, Tiago, Luís Pedro, Paulo, Ferreirinha, Tiago Fernandes, Fera, Noddy, Jordan, Mica, Gonçalo, Xico e Jacinto. Obrigado a todos e obrigado por tudo.