Dia em cheio

Dia em cheio

Jogaram-se ontem os jogos mais importantes - até agora - dos apuramentos de campeão de Juniores e de Juvenis. Eu, que tive o privilégio de assistir aos dois, saí de barriga cheia de futsal. Um dia em cheio, com o que de melhor na Formação se faz por cá, no Distrito de Aveiro.

Em Juniores, o Gafanha 2 x CRECUS 2 prometia muito e acabou por me desiludir um pouco. Tinha todos os condimentos: duas boas equipas (com estilos bem diferentes), pavilhão cheio e rivalidades antigas reavivadas esta época com a grande prestação que a equipa de São João de Loure teve na primeira fase. Tinha tudo para ser um grande jogo, mas foi 'apenas' um bom jogo. Emotivo do início ao fim e com duas equipas que arriscaram pouco, muito pouco.

O Gafanha optou por um estilo mais feio, a defender mais atrás e com constantes despejos para o pivot, no sentido de não ser apanhado pelo contra-ataque do CRECUS. Os visitantes, desta forma, não conseguiram jogar com as suas melhores armas, pois tiveram que fazer mais circulação de bola e não tinham espaços nas costas para explorar. Mesmo assim, tiveram coração para buscar o empate e consegui-lo nos minutos finais, com uma recarga ao segundo poste. Um resultado que acaba por se ajustar, visto que ambas as equipas não quiseram, acima de tudo, perder.

Já em Juvenis, o Barrô 1 x Covão do Lobo 3 encheu-me as medidas. Foi um prazer assistir a um jogo tão intenso entre duas equipas do meu campeonato. Duas equipas com as quais o meu Gafanha até pode discutir resultados, mas não tem a experiência necessária para discutir classificações. Duas equipas em que a maioria dos seus jogadores jogam juntos há pelo menos quatro ou cinco anos. Duas equipas que serão, naturalmente, candidatas ao título de Juniores do ano que vem. Assim sendo, como era de esperar, foi um grande jogo de futsal.

O Barrô teve uma entrada demolidora, pressionando bastante e obrigando os Lobitos a cometerem mais erros do que o que é habitual, e foi para o intervalo a ganhar. Só que na segunda parte acusou o desgaste físico da primeira. E o Covão do Lobo regressou dos balneários com uma atitude tremenda, dando uma enorme demonstração de força colectiva. O destaque do jogo só pode ir para as actuações do guarda-redes Daniel Oliveira e do Hugo Simões. O 10 dos Lobitos foi mesmo o responsável pela cambalhota no marcador, já que dinamitou por completo a equipa do CCB e esteve brilhante nos lances do 1-1 e do 1-2. O resto ficou entregue ao querer e à união de todos os Lobitos, que conseguem uma vitória importante a fechar a primeira volta.