26 outubro 2009

A primeira derrota



Foi ontem, em casa, num jogo considerado por quase todos como "teoricamente mais fácil". Mas não foi por falta de aviso. Fartei-me de apelar à concentração e ao rigor de todos. Correu mal. Foi uma tarde de pesadelo que, confesso, me custou bastante a ultrapassar. Para quem vive intensamente cada dia, cada treino e cada jogo dos últimos quatro meses... isto custa! Há dias assim e este será o primeiro obstáculo que teremos que ultrapassar juntos. Até pode revelar-se proveitosa esta derrota, no sentido de unir mais o grupo para se trabalhar mais e melhor. Veremos.

Quanto ao jogo, não se podia exigir mais do aquilo que foi feito. Contra uma equipa que se fecha nos seus 10 metros e que marca primeiro, a única solução é fazer um jogo paciente, com mobilidade e jogando a um ou dois toques. Não fizemos isso bem. Mas fizemos o suficiente para conseguir colocar tudo a nosso favor. Pedi desconto de tempo. Apelei à concentração de todos. Não a tiveram.

Bastava continuar a fazer o jogo paciente que estávamos a fazer, manter a posse de bola e chamar o adversário. Mas não. Resolvemos lembrar a atitude do adversário durante quase todo o jogo (atitude que roçou o anti-jogo) e pagar na mesma moeda, perdendo tempo com malabarismos, gozando-os e espicaçando-os. E não fomos inteligentes. Perdemos essa bola, deu golo deles. Desconcentrados, a bola foi ao centro e sofremos outro de seguida. Perdemos. Estamos a falar de rapazes de 15 ou 16 anos que, em algumas ocasiões, já se acham homens. Só que não passam de miúdos. Por isso, perdemos bem. Servirá de lição?

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